Antes da Estante

O quebra-cabeças torna-se livro-reportagem

Posted in De Quinta by Tomás Chiaverini on maio 22, 2008

A apuração caminha. Já são quase trinta entrevistados, várias teses e livros lidos e uma festa presenciada do começo ao fim. Paralelamente, os primeiros capítulos começam a aparecer. E, mais do que isso, o universo das raves vai se tornando claro para mim, e, ao mesmo tempo, vai delineando o formato geral do livro-reportagem, a ordem dos capítulos.

Desculpem o clichê, mas é como se as informações e personagens fossem partes de um quebra-cabeças que vão se encaixando, ou, melhor ainda, como se fossem peças de um jogo de xadrez. Ao movimentar uma, gera-se uma seqüência de movimentos que vai atingir todas as outras.

Abaixo coloco uma espécie de organograma de uma das linhas narrativas do livro-reportagem, dividida em capítulos. A outra retranca do texto será a narrativa de um grupo de ravers participando do festival Trancendence, desde a saída de São Paulo até o fim da festa, que dura cinco dias. Essa narrativa será entrelaçada com os capítulos mais históricos abaixo e dará ar e leveza ao texto. (Por isso a numeração dos capítulos é sempre par, além do primeiro)

O último capítulo deve ser uma narrativa mais compacta do festival Universo Paralelo, que ocorre no fim do ano, na Bahia.

Então vamos ao tabuleiro:

Capítulo 1

Narrativa da festa Xxxperience, uma das maiores raves da atualidade, produzida pelo ex-dentista e DJ Rica Amaral.

Capítulo 2 (apuração e redação concluídas)

Começo do perfil de Rica Amaral, que ouviu o psytrance pela primeira vez, tocado pelo piercer e DJ André Meyer.

-Capítulo 4 (apuração e redação concluídas)

Amplo perfil de André Meyer. A partir das viagens dele pela Inglaterra e por Goa, é possível narrar toda a história das festas no exterior.

-Capítulo 6 (apuração concluída)

Perfil do DJ Dimitri, que assim como André, teve o primeiro contato com festas em Squats na Inglaterra, foi o fundador do núcleo Mega-Avonts e, depois de ser preso acusado (depois absolvido) por tráfico de ecstasy, e de ter todo o lucro de uma festa roubado, não produz mais festas.

Perfil da antropóloga Carolina, que, assim como Dimitri, deixou de fazer festas por motivos tensos: após a morte de um garoto em uma de suas festas. Carolina ainda mantém contato com os amigos da época, inclusive com uma que era estudante de odontologia e costumava tratar dos colegas no consultório emprestado por Rica Amaral, que deixava de lado a carreira de dentista para investir na Xxxperience.

-Capítulo 8 (apuração e redação concluídas)

Finalização do perfil de Rica Amaral, grande inspiração para garotos que, cada vez mais, sonham em ser DJ ao invés de astros de Rock. Para isso, muitos gastam fortunas de mesadas em produção de festas para se auto-promoverem como DJs. A maioria das festas é produzida assim, sem visar o lucro, o que torna a cena saturada.

-Capítulo 10 (apuração iniciada)

Com saturação da cena, festas se tornam quase sempre deficitárias o que gera problemas diversos, aumenta o risco de acidentes, põe opinião pública contra festas e torna a relação com a polícia tensa. Texto será baseado em perfis de produtores e narrativas de festas menores.

-Capítulo 12 (apuração iniciada)

Amplo panorama de relação com polícia e perfil do delegado que promoveu primeira grande apreensão de ecstasy, prendendo injustamente o DJ Dimitri, que fundou a Mega-Avonts, hoje uma das festas que mais contribui para fazer com que outros ritmos, além do psytrance, sejam tocados nas festas.

-Capítulo 14

Ainda nebuloso.

6 Respostas

Subscribe to comments with RSS.

  1. orlando said, on maio 23, 2008 at 16:07

    Meu caro, permita-me fazer algumas observações:
    1. Entendo o começo da narrativa com a X-perience, até pra deixar o leitor já no clima, com aquela impressão que, enquanto lê o livro, tem ao longe um “batidão” tocando em algum lugar. Perfeito! Mas não teremos um capítulo histórico-pedagógico, falando dos primórdios aqui e fora? E um perfil mais estatístico, se é que isso é possível quando falamos de raves e música eletrônica?!;
    2. Não teremos o seu “porquê”? O que lhe levou a escrever sobre o assunto? Ou isso estará no prefácio?;
    3. Percebi muitas entrevistas com os formadores de opinião/ gente que trabalha no segmento! Ok. Mas e os frequentadores, que tem suas histórias altamente influenciadas pelas baladas eletrônicas? Serão ouvidos?

  2. Tomás Chiaverini said, on maio 23, 2008 at 16:44

    Vamos lá:
    1)Não, não teremos capítulos históricos ou estatísticos de forma isolada. Todos esses dados estarão amarrados na narrativa de alguma forma. A história, por exemplo, será reconstituída a partir do perfil de André Meyer, que viveu o processo na pele.
    2)Sim, o porquê, muito provavelmente estará num prefácio, ou introdução.
    3)Como disse, esse organograma é um dos focos narrativos, que será pautado pela história dos organizadores, DJ e empresários. No outro foco, que será intercalado com este, acompanharei um grupo de ravers até o festival Trancendence. Aí teremos as histórias, motivos e aspirações dos participanes.

  3. Adrio Inveriach said, on maio 28, 2008 at 13:27

    http://www.jazzmanbrasil.com/

    Prezado jornalista…

    O endereço acima é de um site que disponibiliza boas músicas, principalmente de jazz.
    Nele vc vai encontrar comentários, entrevistas, etc… sobre um festival de jazz que ocorre num lugar chamdo rio das Ostras. (está na página inicial)
    Sei que foje de sua proposta que não é uma análise musical do evento, mas talvez valesse a pena estabelecer uma comparação entre os públicos. Classe social, comportamento, anseios, forma de encarar o evento, drogas e alcool…

    aabbbbbrrrrlççççççççssssss do aaaadddddddddddddrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

  4. Adrio Inveriach said, on maio 28, 2008 at 13:31

    Bem, Rio das ostras é o nome do festival, que ocorre na praia da Tartaruga..

  5. Adrio Inveriach said, on junho 2, 2008 at 23:03

    Prezado jornalista Chiaverini, Tomás…

    Há uma semana que o senhor não nos brinda com suas simpáticas novidades.

    Tenho certeza que os outros inúmeros leitores deste bleargh, digo bloghhh, devem estar se sentindo tão vazios como eu…

  6. adriana said, on maio 26, 2009 at 14:28

    muito pobre é ridiculo eu fui otaria de entrar e ve uma coisa desa QUEM SERA QUE FEZ ISSO? DEVE SER UM MANGOLOIDE MESMO NAO É.

    ODIEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII…

    . .
    _

    😉


Deixe um comentário