E a higiene ficou pra trás
Vinte cinco dias de viagem. As roupas estão todas duras e encardidas por conta das lavagens com sabonete nas pias de hotéis afora. Mais e mais, os padrões higiênicos vão se tornando flexíveis.
Mateus pendura uma camiseta atrás da porta do banheiro, esperando que a proximidade com a água, de alguma forma, trate de limpá-la. Em Fez, para assombro das hóspedes francesas, pulou de calça na piscina do hotel, achando que uma boa nadada substituiria a máquina de lavar.
Eu dobro bem algumas roupas usadas, mas que não estão sujas demais, e guardo na mochila, pra vestir após alguns dias, fingindo que estão realmente limpas.
Helô se gaba de ainda ter roupas limpas, o que soa levemente irônico, já que sempre que, em nosso caminho, aparece uma escada, uma calçada irregular, ou qualquer obstáculo, sobra para mim ou para o Mateus a tarefa de conduzir Mrs. Dasy, a mala de rodinhas da baroneza.
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